terça-feira, 31 de agosto de 2010

Fragmentos de um estudo amoroso


Inocentemente lendo para produzir uma tese... (Sobre o amor, claro!)

"Há uma percepção da paixão como curva, como um transporte que descreve um arco e declina, como febre de ressonância narcísica que arrefece: este é o momento delicado em que os amantes, colocados pela flutuação das vontades diante da imperfeição do outro (que implica a própria), e cessado o mágico encanto dado pela potência divina do entusiasmo (etimologicamente: endeusamento) passional, ou se desiludem, ou convertem a paixão numa relação amorosa baseada na aceitação do limite e da carência. Mas uma aceitação continuada e amorosa da imperfeição do outro e da própria imperfeição configura CASAMENTO."**


Então me ocorreu que talvez seja por isso que alguns casamentos duram tão pouco... Porque as pessoas não estão preparadas para aceitar as imperfeições do outro (de forma CONTINUADA e AMOROSA) e de suas próprias imperfeições.

Será?

Bem... A tese está apenas começando...


(**WISNIK, José Miguel. "A paixão dionisíaca em Tristão e Isolda". In: NOVAES, Adalto (Org.). "Os sentidos da paixão". São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 232)

4 comentários:

Vanessa Souza disse...

Tenho esse livro na cabeceira.
E ainda não comecei a ler.

Bee disse...

Vale a pena começar, Vanessa! Ainda mais você, que "pesca" tantos trechos interessantes dos livros e filmes....

Beijo e volte sempre!

Vanessa Souza disse...

Eu tenho todos os livros da Inês Pedrosa. Sou visceralmente apaixonada pela escrita dela :)

Beijos.

Anônimo disse...

bom comeco