Morei sete meses com uma pessoa. Decidimos tomar rumos diferentes recentemente. Não houve brigas nem problemas de relacionamento. Foram importantes decisões de vida que nos separaram. Eu nunca havia morado com ninguém que não fosse da minha família. Foi uma experiência nova. Para o outro lado, não era tão nova assim, já tinha morado com outras pessoas antes. De qualquer forma, foi um período de crescimento para ambas as partes.
A pessoa com quem morei não tinha nenhum significado romântico em minha vida. Era uma amiga. Antes de ser amiga, havia sido minha cunhada por um longo período. Antes de ser minha cunhada, era a melhor amiga de minha irmã. Conclusão: nossas vidas se cruzaram desde sempre. Mas esses encontros de minha vida com a amiga da irmã ou com a cunhada não se compararam ao período em que dividimos o mesmo apartamento.
Parte dos móveis me pertence e outra parte te pertence. Anota aí quais são nossas contas fixas e em que dia do mês faremos os pagamentos. Preferes empregada doméstica ou vamos nós mesmas colocar a mão na massa? Comi um iogurte ontem à noite... Era meu ou teu? Questões práticas que permearam nossos dias e nos ajudaram a aprender um pouco mais sobre convivência.
Convivência não é apenas dividir as contas, é também pensar junto em como reduzir gastos ou qual a próxima aquisição a ser feita. Convivência não é cada um no seu quarto, é escolher um único programa de TV para ver junto e comentar sobre ele. Conviver não é pensar unicamente no próprio cansaço e nos próprios afazeres, é também olhar com calma para o outro e perceber quando se pode ser um bom ouvinte, um bom conselheiro. Convivência é lavar a louça do outro, mesmo que não seja sua obrigação.
Convivência é passar um final de semana com a cachorrinha da outra pessoa quando ela viaja. E divertir-se com isso. É anotar recados e entregá-los. É preparar uma refeição em conjunto. É lavar as suas roupas junto com as roupas que não são suas porque não custa nada fazer isso. É trocar livros e dicas de leituras. É perceber que existe gente que gosta de filme alemão. E respeitar esse gosto. É ficar conversando até tarde da noite, mesmo quando o trabalho no outro dia começa cedinho. É deixar um bilhete avisando para onde foi. É dar uma carona porque estão indo para o mesmo destino. É misturar as xícaras no mesmo armário. É emprestar um sapato, um par de brincos e o ombro amigo. Conviver também é construir o seu espaço e respeitar o espaço do outro.
A pessoa com quem morei não tinha nenhum significado romântico em minha vida. Era uma amiga. Antes de ser amiga, havia sido minha cunhada por um longo período. Antes de ser minha cunhada, era a melhor amiga de minha irmã. Conclusão: nossas vidas se cruzaram desde sempre. Mas esses encontros de minha vida com a amiga da irmã ou com a cunhada não se compararam ao período em que dividimos o mesmo apartamento.
Parte dos móveis me pertence e outra parte te pertence. Anota aí quais são nossas contas fixas e em que dia do mês faremos os pagamentos. Preferes empregada doméstica ou vamos nós mesmas colocar a mão na massa? Comi um iogurte ontem à noite... Era meu ou teu? Questões práticas que permearam nossos dias e nos ajudaram a aprender um pouco mais sobre convivência.
Convivência não é apenas dividir as contas, é também pensar junto em como reduzir gastos ou qual a próxima aquisição a ser feita. Convivência não é cada um no seu quarto, é escolher um único programa de TV para ver junto e comentar sobre ele. Conviver não é pensar unicamente no próprio cansaço e nos próprios afazeres, é também olhar com calma para o outro e perceber quando se pode ser um bom ouvinte, um bom conselheiro. Convivência é lavar a louça do outro, mesmo que não seja sua obrigação.
Convivência é passar um final de semana com a cachorrinha da outra pessoa quando ela viaja. E divertir-se com isso. É anotar recados e entregá-los. É preparar uma refeição em conjunto. É lavar as suas roupas junto com as roupas que não são suas porque não custa nada fazer isso. É trocar livros e dicas de leituras. É perceber que existe gente que gosta de filme alemão. E respeitar esse gosto. É ficar conversando até tarde da noite, mesmo quando o trabalho no outro dia começa cedinho. É deixar um bilhete avisando para onde foi. É dar uma carona porque estão indo para o mesmo destino. É misturar as xícaras no mesmo armário. É emprestar um sapato, um par de brincos e o ombro amigo. Conviver também é construir o seu espaço e respeitar o espaço do outro.
É partir para uma nova fase e levar a outra pessoa junto. Dentro do seu coração.
3 comentários:
Como os demais textos , mais um "showsaço " .
Amei ! Amei !
bjs
mãe
Adorei Bi, e serve para todos mesmo, mesmo orando em família. Disse tu-do!!! Beijos. Lisi
Bi...aquela foto foi golpe baixo!!!
Me deu uma sensação de vazio e um aperto no peito, mesmo que a nossa separação tenha ocorrido por motivos nobres. Te considero muito e desejo que sejas feliz, assim como desejas pra mim. Creio que nossos destinos cruzados nos ensinaram muitas coisas as quais levaremos para sempre conosco. Espero que esses ensinamentos nos tornem pessoas cada vez melhores e que possamos colher frutos maduros e adocicados de todas as sementes que plantamos neste tempo juntas.
Grande beijo e sucesso no blog (adorei) e no livro.
Patty.
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