segunda-feira, 7 de maio de 2012

Amor de mãe



Eu sempre imaginei que amor de mãe nascesse no momento da concepção do bebê. Não é verdade. Quando descobri que estava grávida, eu sabia e não sabia o que estava acontecendo. Sabia que já havia um pequeno ser dentro de mim, mas não sentia. Sempre quis ser mãe, mas me deparei com a enorme interrogação sobre a pessoinha que estava se desenvolvendo em meu ventre. Ainda não sei direito quem ela é, mas agora eu sinto...

Sinto que essa criança agora toma corpo e lugar, não apenas na minha barriga, mas no meu coração. Porque pra gente se conhecer, é preciso se comunicar. Agora eu converso com você, bebezinho, e sei que você me ouve. Cada mexida sua dentro de mim é como se fossem suas respostas, que estão cada vez mais fortes e salientes. Você está entrando aos chutes em minha vida, mudando meu corpo todo, alterando meu ritmo e minha rotina... E eu estou adorando! 

Você tem sua vidinha própria dentro de mim, tem seus horários e seu ritmo e eu não tenho controle sobre isso. Aliás, todo o processo da sua existência foge completamente ao meu controle, embora ainda esteja dentro de mim.

Como é incrível o fato de você estar em mim... Ser uma parte de mim. E por enquanto, somos só você e eu. Ninguém mais sabe exatamente o que se passa no nosso mundo. Eu estou descobrindo esse mundo todo novo junto com você. Estou descobrindo como a sua vida está se formando a partir de mim. Estou descobrindo como a minha vida se transforma a partir de você.

Estou ansiosa para te conhecer do lado de fora! Ansiosa para me conhecer mãe. Ansiosa e amorosa. Porque agora eu sei e posso dizer que já comecei a te amar. E eu tenho a sensação de que isso está apenas começando...