segunda-feira, 25 de maio de 2015

Gentileza gera gentileza



A hora do jantar se aproxima e eu decido fazer uma sopa de legumes. O dia foi longo, o cansaço aparece, mas ainda tem tanto a fazer... Vou para a cozinha, escolho a panela, seleciono os legumes, lavo, corto. Enquanto organizo isso, aparece minha pequena ajudante de dois anos, puxa uma cadeira, fica em pé, em cima da cadeira, diante da pia, e diz "Eu ajudo". E ela ajuda mesmo, do jeitinho que sabe: lava os legumes, lava as panelinhas de brinquedo, lava as mãos, deixa tudo arrumadinho em cima da pia.

Enquanto a sopa ferve e penso que minha ajudante vai largar a pia e ir direto para os brinquedos, ela aparece na sala de jantar com seu prato, talher e copo, que ela mesma pegou da gaveta da cozinha. Posiciona na mesa do jeito que eu ensinei e pergunta: "O que mais?". Antes de mim, ela se adiantou para arrumar a mesa do jantar. Continuou levando tudo que não é perigo: colher, guardanapo, descanso de mesa. Continua sendo útil do jeitinho dela.

Meu coração já está em êxtase de alegria!

Quando tudo está pronto e sentamos para brincar de construir castelos, ela esbarra na nossa cachorrinha e, na mesma hora, fala: "Desculpa, She-ra!" (sim, nossa Shih-tzu tem nome de super-heroína).

Uma vez à mesa, depois de servir seu prato de sopa, espontaneamente, ela me diz: "Obrigada!".

Honestamente, não sei como foi que ensinamos todas essas pequenas delicadezas em dois anos e nove meses de vida. Mas, de alguma maneira, ela aprendeu. E, enquanto me emociono ao testemunhar essa pessoinha crescendo e mostrando quem é, peço a Deus, do fundo do meu coração, para que ela cresça assim, para que a vida não lhe "desensine" nesses pequenos gestos.

Eles farão com que a vida de minha filha gere um pouco mais de gentileza no mundo!