segunda-feira, 31 de maio de 2010
A relationship
O que eu quero numa relação é leveza.
Detesto cobranças, detesto me sentir testada, não sei viver com brigas o tempo todo. Isso não me serve.
Eu preciso confiar para não viver num inferno.
Eu preciso que o outro confie em mim para eu não viver preocupada com o que o outro vai pensar ou deixar de pensar.
Para mim, medo bloqueia, não liberta.
Eu quero você sem medo, com ônus e bônus.
Eu quero almoços de domingo em família.
Eu quero planos juntos, sem o receio de "se ainda estivermos juntos".
Eu quero apoio de quem está do meu lado e admiração, não por me achar bonita, mas por achar que eu sou diferente.
Não quero estar junto o tempo todo, mas quero que, quando estivermos juntos, sejam os melhores momentos do dia.
Não quero acabar com a individualidade de ninguém, nem quero que invadam a minha.
Quando discuto, discuto o problema do momento, não todos os outros que já foram discutidos.
Quero um podendo ajudar o outro, não um tendo que ajudar o outro.
Quero falar o que penso sem pensar que serei julgada, pois, numa relação, não se julga, se argumenta.
Quero alguém que faça escolhas em favor da relação.
Não quero ninguém amando por dois. Ou a relação é de iguais, ou não é relação, é hierarquia.
E, sim... Eu também quero que você me leia. Nos olhos. Nos textos. Todos os dias.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Além de nós
Eu ainda quero saber de você. Você está feliz? A vida é para você tudo aquilo que imaginávamos que seria?
Eu sei que o convencional é não saber mais de você. Mas... e se eu me importo? Se nunca deixarei de me importar? Como não me importar depois de tudo?
Às vezes penso se você ainda ri daquele jeito, franzindo o nariz e soltando os ombros. Se você parou de fumar. Se continua esfregando um pé no outro quando senta com as pernas estendidas. Se ainda tem medo de ir ao dentista.
Eu não queria voltar no tempo. Só queria saber como teria sido. Queria ter visto os dias que nos empenhamos tanto em imaginar. E que se esvaziaram de nós.
As festas, as reuniões familiares, os amigos, as noites, os dias, os filhos – que teremos com outras pessoas. Os sonhos que cancelamos. As vidas que podamos.
Porque houve um momento em que tudo aquilo deixou de nos parecer certo. Em que você e eu não combinávamos. Houve o momento em que escolhemos diferente.
E soltamos as mãos. E desviamos os olhares. E a vida não deu “pause” por causa disso.
Casamos. Eu com ele. Você com ela.
Novas histórias. Novos enlaces. Outras pessoas.
Somos outras pessoas.
Não somos mais parte do “nós”, mas dessa alteridade que nos é alheia.
Ainda assim, o que passou nunca deixará de ter sido.
Um fim que não foi morte.
Não te matei em mim.
Não morri em você.
(Sobre)Vivemos para lados opostos.
Para além do que fomos nós.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Sophie Calle não me pediu, mas...
As palavras não bastam.
Você pode explicar, repetir, argumentar, explicar de novo e de novo...
Isso nunca bastará para eu entender como foi que você deixou de me amar.
Não diga que ama, se está dizendo que não dá mais.
Suas palavras não me completam.
Suas palavras não me dizem.
O que você tinha a me dizer terminou, com assinatura e tudo, e eu continuava procurando mais palavras, mais palavras, mais palavras.
Palavras diferentes.
Palavras que te desmentissem.
Palavras que enxugassem minha dor,
Que beijassem minhas mãos e meus olhos,
Que não fossem tudo o que suas palavras foram.
Cada palavra me matou.
Uma a uma, eu morri.
Meu nome
Seu nome
Separados pelo nosso fim.
Suas palavras: um excesso.
Melhor ter ficado sem elas(?).
Antes, suas palavras me complementavam.
Aí você escreveu mais.
Uma carta a mais.
Foi demais.
Foi mais do que eu podia ler.
Mais do que eu podia amar.
Sobrafardofim.
(PS1: O porquê desse texto está explicado no site da exposição "Cuide de você", de Sophie Calle, que passou por Salvador e deixou marcas em mim.)
(PS2: Para quem quiser conferir a carta de Gregóire para Sophie, basta clicar aqui.)
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Um pouco de música
Só porque acho lindo o que o inglês Jamie Cullum fez com essa música... (e com tantas outras)
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Meus alunos me contaram que nesse tal de twitter (pois é, nunca fiz questão de tomar conhecimento sobre esse negócio) as pessoas colocam coisas do tipo "fui tomar banho", "estou indo pra faculdade", "cheguei em casa", "cansado", "feliz".
Fiquei pensando... Em que momento as pessoas pararam de falar umas com as outras e, agora, sentem necessidade de dar satisfação a um computador?
Com base nisso, continuo bem sem twittar.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
A Ave-Maria
Há alguns dias tenho repetido uma rotina de percurso que me mantém dentro do carro no horário das 18 horas, invariavelmente. Everyday. De segunda a sexta-feira. Já que o recomendado é não usar o telefone celular enquanto se está dirigindo, que muito menos se pode ter acesso à internet, e que cansei dos CDs que tenho no veículo, acabo buscando nas rádios locais alguma distração, a sorte de tocar durante aquele percurso a música que estou gostando. Afinal, já que não há outro jeito a não ser encarar o trânsito, que seja da “menos pior” maneira.
Dia desses, trocando de uma estação a outra, qual não foi minha surpresa ao me deparar com um costume que eu pensava estar extinto: a Ave-Maria das 18 horas. Dentre tantas interpretações, que costumamos conferir inclusive em cerimônias de casamento, uma das minhas preferidas é essa de um espetáculo do Andre Rieu, interpretada por Mirusia Louwerse.
Esse costume que veio de Portugal permanece. Vem de um tempo em que as pessoas não usavam relógio e que a marca do final de um dia de trabalho era dada por essa canção-oração. Era o momento de todos rezarem juntos. O momento que não é nem dia, nem noite. É mistério. É reflexão do que já foi e anúncio do que está por vir.
Escute.
A música, tão sensivelmente interpretada, traz uma certa tranquilidade. Paz.
Em seguida, uma ponta de solidão.
E gratidão.
Certeza de que a humanidade é capaz de realizar o sublime.
É arte.
É o que relaxa. Um toque de religiosidade no meu dia.
Não é apenas ouvir. É o que nunca canso de sentir.
Dia desses, trocando de uma estação a outra, qual não foi minha surpresa ao me deparar com um costume que eu pensava estar extinto: a Ave-Maria das 18 horas. Dentre tantas interpretações, que costumamos conferir inclusive em cerimônias de casamento, uma das minhas preferidas é essa de um espetáculo do Andre Rieu, interpretada por Mirusia Louwerse.
Esse costume que veio de Portugal permanece. Vem de um tempo em que as pessoas não usavam relógio e que a marca do final de um dia de trabalho era dada por essa canção-oração. Era o momento de todos rezarem juntos. O momento que não é nem dia, nem noite. É mistério. É reflexão do que já foi e anúncio do que está por vir.
Escute.
A música, tão sensivelmente interpretada, traz uma certa tranquilidade. Paz.
Em seguida, uma ponta de solidão.
E gratidão.
Certeza de que a humanidade é capaz de realizar o sublime.
É arte.
É o que relaxa. Um toque de religiosidade no meu dia.
Não é apenas ouvir. É o que nunca canso de sentir.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Filosofando
sábado, 8 de maio de 2010
Merecido Dia
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Livros podem fazer mal à saúde
terça-feira, 4 de maio de 2010
Thinking...
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