Está chovendo bastante. Dá pra ficar na cama o dia todo? Claro que não! Pelo menos para quem tem crianças em casa e trabalho para cumprir e almoço para fazer.
Meu dia foi repleto de reuniões, uma atrás da outra, todas pelo computador, claro. Não é a mesma coisa. Sempre tem alguém que perde a conexão com a internet, alguém que entra na reunião 20 minutos mais tarde porque não baixou o aplicativo ou não achou o link certo da reunião. Além disso, tive uma reunião hoje com seis adultos + 3 crianças que entravam e saíam de cena. O incrível foi a gente conseguir se concentrar e produzir mesmo com tantos chamados de "mamãe" rolando paralelamente. Em uma outra reunião, tive que mandar mensagem para a equipe, só para avisar que começaríamos 15 minutos mais tarde, visto que ainda estava envolvida com a soneca de minha filha mais nova.
Sim, minha pequena ainda tira longos cochilos à tarde. Acredite: o problema não é lidar com a menina às 13h, o problema é quando chega 18h e essa criança não descansou. Não tem pedagogia que dê conta do chororô, da manhã, do drama e do nível de sensibilidade. Eu acho que isso é uma prévia de como será a TPM dela, quando crescer. Enfim, o melhor é garantir o soninho da tarde.
De tarde, depois de resgatar uma borboleta caída, experimentamos ser skatistas. Minhas filhas puxaram mesmo ao pai nesse quesito, enquanto eu achei melhor ficar apenas filmando e curtindo a diversão.
Mais tarde, rolou o primeiro encontro por vídeo da turma da Letícia. Um monte de crianças de 7 ou 8 anos tentando se entender. O objetivo era cantar parabéns para uma coleguinha que teve sua festinha de aniversário cancelada em função desse coronavírus. Eu realmente não sei se as crianças estavam se entendendo. Enquanto uma mostrava seu cachorro na tela, a outra dançava e uma terceira começava a contar uma história. Definitivamente, eles curtiram se ver; sentem falta de estar juntos.
De noite, depois do jantar, a história escolhida pelas meninas foi linda e me fez viajar no tempo, lembrando de quando fiquei sabendo que estava grávida de cada uma delas, de como dei a notícia, de como foi o parto e as primeiras impressões. O nome do livro é "Um conto que não é reconto", de Yolanda Reyes, mas desconfio de que o pós leitura foi o que elas mais curtiram, pois contei para cada uma como foi, desde o planejamento da gravidez, dos sonhos que tive com cada uma delas mesmo antes de engravidar e de como tudo aconteceu no dia do nascimento. Elas quiseram olhar as fotos, questionaram sobre o cordão umbilical e por que elas apareciam sempre chorando nas fotos de banho. Os olhinhos das duas estavam encantados, brilhando. Manuela quase chorou quando eu contei por que ela havia nascido toda roxinha e que mamãe ficou muito preocupada. Antes de encerrarmos a sessão histórias e memórias, elas acrescentaram: "E vivemos felizes para sempre!".
Com as meninas dormindo, chegou a hora de relaxar, escolher um filme, jogar conversa fora com o marido, enquanto comíamos uvas. Nossa escolha não foi das mais felizes hoje: Um fim de semana com Holly. Digo que não foi das melhores escolhas não apenas por causa do filme, que é bem mediano (ou menos), mas também porque a internet não estava ajudando e um filme que levaria uma hora e meia acabou tomando mais de duas horas de nossa paciência. Quando a gente conseguia se interessar pelo filme, travava, gaguejava, imagem trancava. Um teste de paciência, sem dúvidas.
Cansei. Boa noite!
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Um comentário:
Imaginei a cena da "conferência" das crianças. Cada uma fazendo algo diferente. :D Cômico!
Também fiz o mesmo na parte pós-leitura do livro...deve ter sido um momento cheio de emoção, um "revival" com gostinho de ternura e amor. <3
Não assisti a Um fim de semana com Holly e também já não faço questâo. Obrigada! Beijos
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