quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Acúmulo



"Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando -


até que não caibo em mim e estouro em palavras..."

(Clarice Lispector)



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não me esqueça!



Quero garantir que você não me esqueça.

Não me esqueça no trabalho, no dia, nas conversas.

Diga meu nome vez ou outra, com pessoas diferentes.

Sonhe comigo, com meu sorriso e com meu beijo.

Quero garantir que você não me esqueça enquanto lembra de todo o resto: das tarefas, das contas, dos
e-mails, dos prazos.

Que você não me esqueça quando acordar atrasado – ou com tempo de sobra.

Que não me esqueça nas nuvens, no mar, no sol, nas gotas de chuva.

Que não me esqueça nas roupas, nos móveis, na carteira, na aliança.

Quero garantir que você não me esqueça quando está longe de mim. E também quando está perto.

Que você não me esqueça nas músicas da rádio, no computador, no telefone, no carro.

Que você não me esqueça hoje. Tampouco amanhã. Que não me esqueça nunca.

Que você não me esqueça.

Que você lembre: de mim, de amor, de nós.

Quero garantir que você lembre, lembre, lembre...

E então entenderá o quanto eu penso em você.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Diálogos IX

E tudo se resolve na imaginação...


(Filho) - Mãe, a gente vai pegar um táxi?
(Mãe) - Não, meu filho. Nós vamos para casa de ônibus.
(Filho) - Ah... Já sei!
(Mãe) - O quê?
(Filho) - Quando a gente chegar em casa, eu vou brincar que umas pessoas pegam um táxi...



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

"Um amor verdadeiro"

Copiei desse filme lindo, que já vi várias vezes, chorando a cada vez que vejo...

"É tão mais fácil ser feliz com o que você tem..."




E em outro trecho:

"A primeira vez que vi sua mãe, ela iluminava tudo à sua volta... inclusive eu.
Não consigo imaginar essa luz se apagar."


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Falta de palavras

Faltam palavras grandes no mundo.


As grandonas que existem, em geral, não expressam coisas boas.

"Inconstitucionalissimamente" é ruim.
"Hipopotomonstrosesquipedaliofobia" é uma doença (ruim também!) que eu, ainda bem, não tenho.
"Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico": outra palavra grande, outra doença, igualmente ruim.

Estou precisando de uma palavra grandona, um palavrão, no sentido literal da palavra, para expressar o que sinto por ti!!

"Amor" é tão pequenininho...

Eu já te escrevi tanto, mas nada parece suficiente!

Não há palavras, não há textos que bastem...

Desisto!

Vem aqui olhar nos meus olhos e entender essas palavras de que preciso e que não existem...
Vem aqui pegar na minha mão, sentir meu coração...
Sinta-me.

Não vamos mais tentar dicionarizar. Não dá.

Fica comigo o resto da vida e, quem sabe, até lá, o mundo consiga criar uma palavra bem grande só para nós dois!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

The best place


Qual é o melhor lugar do mundo?

Considerei a minha própria casa, ou a casa da minha mãe, ou aquela ilhazinha ensolarada e isolada, onde os domingos são mais felizes. O mar, ou uma casa de campo, num dia friozinho, com direito à lareira. Pensei em Paris, claro! E também na minha cidade natal. Pensei em diversos lugares em que já me senti bem...

Mas nenhum deles se compara. Não há outro lugar no mundo que me faça tão bem quanto aquele em que me recolho todas as noites. Quando todo o dia já passou e posso me despir de salto, maquiagem e profissionalismo. Não preciso mais pensar nas responsabilidades, na tese, nos alunos, nas contas, no jantar ou na academia. Apenas eu mesma, tua, deitada sobre o teu peito. Esse é o melhor lugar do mundo!

É ali que fico acolhida entre teus braços, ouvindo apenas o som do teu coração batendo, sendo suavemente guiada pelo balanço quente da tua respiração... Guiada para a paz, para o descanso, para a certeza de que nada mais importa, de que tudo está bem, de que nós dois nos bastamos e, então, adormeço no conforto do teu peito.

O melhor lugar do mundo me dá segurança, me dá tranquilidade, me dá amor. É ali que quero estar hoje à noite e amanhã e depois e depois... E todas as noites. Sempre.

O melhor lugar do mundo, para mim, é você.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Envelhecer



"Envelhecer só é bonito na poesia."


Ouvi isso de uma amiga e não consigo parar de pensar sobre o assunto...
Será mesmo?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Did I learn that??


"I learned that I must accept people the way they are, just accept differences. I learned that it’s not “worthy” to expect from people, because most of the time you’ll get upset. I learned that I can’t trust everyone and that it’s not wrong to be scared or cry. I learned that you can’t treat every situation as a life-and-death matter, because you’ll die lots of times. I learned that a teacher doesn’t need to always be a teacher, but also a friend. I learned that things happen for a reason, even if most of the times you think it wasn’t meant to be. I learned that it’s not healthy to jump from head, risk everything you have inside of you, for someone or something, no matter how important one is for you. I learned that it’s normal to feel rotten, abysmal, dreadful and unseen when loosing someone you love, and that grieving is not a sin as I thought it was. I learned that when something bad happens, may not affect other people but yourself. That you can’t be ashamed forever, even though you feel mortified, one day you’ll have to let go and live your life. Because if you don’t, you’ll just be punishing yourself in the cruelest and painful way, and you’ll keep suffering until you decide to start over or continue your life. Just understand that you’re a human and make mistakes, like any other. I’m telling whom, because I don’t want people to end up like me, because I don’t wish this ending to anyone. All you have to do is admit your mistake, forgive yourself, and move on. I also learned that it’s worthless to get drunk if you’re sad, it doesn’t take you anywhere actually, trust me, I know. " (B. A.)

Esse é um trecho de um texto escrito por uma menina de 13 anos... Li, reli, li mais uma vez e concluí:
Ela já aprendeu mais da vida do que eu, com 31!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Mulher de fases"

Vale a pena conferir a nova produção brasileira da HBO, canal da TV fechada. Estou falando de "Mulher de Fases", série baseada no livro "Louca por homem", de Claudia Tajes, que passa toda segunda-feira, às 20:30, na programação do HBO.

Muito legal ver as desventuras amorosas de Graça, com sotaque gaúcho, já que é uma realização da Casa de Cinema de Porto Alegre, com atores da cidade e gravada todinha lá na minha terrinha, com direito a cenas com chimarrão e vista do Parque da Redenção!

Saudade gostosa do Sul e risadas garantidas, tanto com a Graça, quanto com o Gilberto, que é hilário!

Fica a dica para que a gente perceba que toda mulher tem um pouco de Graça. Todas somos cheias de Graça!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mãe




O Dia das Mães passou.

O Dia das Mães passei. Longe da minha mãe.



Minha mãe não me falta.

Minha mãe me sobra.



Tenho minha mãe no espelho,

No formato dos meus olhos,

No meu sorriso,

Nas minhas mãos.



Minha mãe está em minhas escolhas

Minhas decisões.

É o som da voz dela que ouço

Quando sei o que certo e o que é errado.



Minha mãe está em todos os meus dias

No meu ritual de fazer compras e na ordem com que me banho.

No meu orgulho, no meu jeito de ficar brava.

No jeito de arrumar a cama e trocar as toalhas.

No meu tempero e no que incluo no prato.

Na minha profissão.

No meu gosto pela leitura, nas minhas preces.

Na minha caligrafia e nos cartões de Natal.



Minha mãe não me falta.

Ela nunca falta.

Minha mãe me sobra.

Me sobra de amor

Me sobra de atenção

Me sobra, me sopra, me supre, me nutre.

Para que um dia

Eu possa ser uma mãe como ela.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

We are stars...

 
 
Quase nunca canto ao tomar banho.
Mas hoje, particularmente, essa música foi mais forte que o som da água correndo:
 
"´Cause everyone has a sign,
Whether supernatural or divine.
Believe or not, if you´re so inclined.
´Cause in this great big universe,
We´re the stars on earth
We are stars...
We are stars...
 
'Cause in this great big universe
We're the stars on earth."
 
(Des'ree)
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

passo-com-passo


Todo esse tempo...


Meus passos andaram tranquilos, equilibrados, juntos.

Enquanto o mundo clamava por um par, meus passos já nasceram acompanhados. E um não andava sem o outro. A pegada de um encaixava perfeitamente com a do outro. O direito sabia se sobrepor ao esquerdo, quando necessário, ou se juntavam, lado a lado, sem que houvesse a mais remota possibilidade de separação.

Quando um se feria, o outro carregava mais peso para compensar.

Revezavam o desconhecido: água muito fria da piscina testada por um, água da banheira muito quente experimentada por outro.

Eles dividiam as dores e os prazeres: prazer de tocar grama, areia, mar. Prazer de poderem acariciar um ao outro antes de dormir. Doíam juntos de tanto perambular. Ou de dançar. E também ganhavam massagens, beijos, tratamentos de beleza, preparando-os para passos ainda mais bonitos.

Meus passos iam bem, se acompanhavam.

Cruzaram-se com outros pares de passos. Por vezes, iam de encontro a eles. Outras vezes, simplesmente acabavam seguindo caminhos opostos. Às vezes, meus passos eram pisados por outros. E doíam-se.

Por todo esse tempo.

Mas houve um momento do percurso de meus passos em que eles conheceram os seus. Os seus eram maiores, mais firmes, determinados. Seus passos se afastaram e se aproximaram dos meus. Nunca foram muito mais longe. Os seus também já haviam conhecido outros passos, mas não como os meus.

Você deixou que meus passos experimentassem suas pegadas. Meus passos cabiam nelas. Tentaram aprender com elas. Foi assim que eles puderam sentir suas dores e seus caminhos, até mesmo os atalhos.

Você fora seguido. Mas não era disso que seus passos precisavam agora. Nem os meus.

Com os seus, meus passos perceberam que o ritmo de andar pode ser mais completo quando feito por quatro. E que dois passos que acontecem ao mesmo tempo têm mais força do que um de cada vez.

Meus passos escolheram acompanhar os seus. Eles entenderam que, se ambos se machucassem, teriam outros dois para carregá-los. Que, no chão muito quente, poderiam encontrar proteção em cima dos seus.

Meus passos abriram espaço em sua jornada.
Um par era bom, mas dois pares dariam conta de qualquer caminhada...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

You can cry...


Tenho visto tantas crianças ao meu redor... Crianças rindo a valer ou chorando com toda a força e revolta. Parece-me que falta à gente, às vezes, essa coragem de rir ou chorar como criança.

Rir de besteiras. Rir bem alto. Dar gargalhadas. Rir pra qualquer coisa e pra muitas pessoas por dia. Abrir um largo sorriso só porque te desejaram um bom dia. Rir do que é engraçado e até do que não tem graça. Rir porque é bom ouvir uma risada, ainda que seja a sua.

Ou, às vezes, chorar e chorar muito. Chorar de soluçar! Chorar com ruídos, com lágrimas pesadas realmente rolando no rosto, uma em cima da outra. Chorar porque deu vontade. Chorar porque tem motivo. Ou não. Só pra chamar a atenção. Chorar porque não era assim que você queria. Chorar porque se bateu no móvel ou porque algo seu se quebrou. Chorar porque acordou sozinho, no meio da noite, assustado.

Chorar porque alguém tem que ir embora ou tem que ir trabalhar e você não quer o afastamento. Crianças não têm noção exata do tempo. O tempo de alguém ir e voltar é uma eternidade, mesmo que sejam apenas algumas horas. E elas choram por essa ausência. Depois esquecem! Distraem-se com tantas outras coisas legais. Mas realmente lamentam a partida.

Chorar porque tem que tomar remédio. Porque tem que ir ao médico. Elas choram porque precisam tomar remédio ou porque estão doentes? Não sei ao certo, mas ambas as opções são, de fato, lamentáveis.

As crianças choram... Os adultos não choram mais do mesmo jeito. As lágrimas diminuem na mesma medida em que o corpo cresce. A gente amadurece. E gente madura chora devagar, silencioso, escondido.

Pois eu digo que devemos voltar a ter crises de choro de criança. Chorar muito! Com vontade! Ficar vermelho de tanto chorar!

Talvez a gente até ganhe um beijinho, um carinho...

E depois - por que não? - a gente até pode vir a dar muita risada de novo!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Little sisters... Still


Em outro tempo, nossa conversa era sobre quem apagaria a luz do abajour à noite, ou quem teria a casa de Barbie maior. Você era o banco da nossa cidade inventada e eu era a dona de casa, a mamãe. Você brigava comigo porque eu não matinha a minha parte do quarto arrumada. Sim, nós dividíamos o quarto e os sonhos.


Hoje continuamos dividindo o quarto, mas com outras pessoas: nossos maridos. Nossas conversas giram em torno dessa vida de adulto que nos foi imposta – por nós mesmas. O trabalho que se quer ou que se tem, a preocupação com as crianças que educaremos, as questões difíceis de ser mulher, esposa, profissional, amiga, mãe.

Em outro tempo, éramos filhas. Apenas filhas. E irmãs. A preocupação era quem dormiria com a mãe primeiro, quando o pai viajava. Era manter as amizades separadas: minhas amigas são minhas e suas amigas são suas, não vamos dividir amizades, já que dividimos todo o resto. Dividimos o espaço, a escola, os doces da Páscoa, as roupas, os brinquedos, os mesmos pais e mesmos irmãos.

Em outro tempo, nossas brigas eram tão frequentes, que não víamos a hora de separar: divorciar os pertences, o quarto, o que é meu e o que é seu. Quando você vai ser grande o suficiente para sair de casa??

Até que você saiu da casa dos pais. Eu também saí. Casas diferentes, escolhas diferentes, cidades diferentes, rumos diferentes. As conversas são virtuais ou por telefone. Quando te ouço, ainda é pensando naquela tua carinha de menina com os olhos mais interrogativos que já vi na minha vida toda. E aí... Ouço também o choro da tua filha, o que me faz lembrar que aquele outro tempo passou. Rápido. Que não estamos mais brincando de boneca. Que é uma criança de verdade que você tem nos braços. São responsabilidades de verdade, não mais as inventadas.

Passou o tempo em que dividíamos as funções da nossa cidade. Ambas, agora, somos as mãezinhas e o banco, e temos que criar dinheiro (não vale mais escrever um número no papel...). Hoje, fazemos comidinhas de verdade e nossas casinhas não cabem mais na sala da casa da mãe, nem no pátio da casa da avó.

Aquele outro tempo era bom, não era? Mesmo com as brigas, ou mesmo tendo que limpar o banheiro enquanto você passava o aspirador de pó na sala.

O tempo de agora também é bom, não é? Com os amores de nossas vidas e tudo o mais que construímos e conquistamos. E nossos encontros sempre tão gostosos!

Os três anos que nos separavam enormemente naquele tempo não fazem a menor diferença atualmente. Agora, eu também posso ser sua irmã mais velha e te dar conselhos ou broncas. Ou posso te dar dicas de gramática para compensar todas as aulinhas que você me dava quando eu nem sabia ler.

Mas de noite, antes de dormir, quando apago a luz, procuro do outro lado do criado-mudo o lugar onde estaria a tua cama. E, silenciosamente, ainda te desejo boa-noite.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Segunda-dama??



Todo mundo tem falado nessa menina, Marcela Temer, esposa do Vice-presidente, Michel Temer.

Julgamentos (que não me cabem) à parte, fico intrigada com a posição que ela ocupa nessa hierarquia política que pouco entendo.

Chamam-na "Segunda-dama"...

Mas, vejam bem, se a Presidente, como bem sabemos, é uma mulher, que, caso fosse casada, teria o que chamamos de "Marido da Presidente" (e não "Primeiro-cavalheiro"), emerge a ausência de uma "Primeira-dama", concordam?

Sendo assim, por que a jovem Marcela é Segunda, se não há nenhuma outra dama antes dela???

;)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sabor de Louvre

Olho para meu prato com o cuidado de quem aprecia uma obra de arte. Analiso as cores, os cheiros, as combinações. Começo pela salada. Gosto, mas não é apenas isso: não deixa de ser uma obrigação (ah, se todas as obrigações do dia fossem saladas...). Normalmente há algum carboidrato pela frente e sempre tem proteína. Se os vegetarianos são seres mais evoluídos, eu estou muito aquém. Por isso, se na minha concepção carnívora, a carne será a melhor parte da refeição, deixo-a para o final. É o que será degustado com mais calma e com mais prazer. É o gosto final que ficará na boca (até a chegada do café, pelo menos).



Sem perceber, transferi esse ritual para outros setores da vida. Deixo o melhor por último. Quer primeiro a notícia boa ou a ruim? A ruim, claro! Deixo a boa para o final. Até quando escrevo, acabo gostando mais dos meus finais que dos meus começos.


Foi assim com Paris. Lua de Mel em Paris superou minhas expectativas. Meu marido costuma dizer que conhece minhas vontades antes mesmo de eu as ter, mas dessa ele já sabia: “Promete que um dia vai me levar ao Louvre? Paris, claro, mas o sonho é o Louvre...” Ele prometeu. E cumpriu bem antes do que eu imaginava.


Seis dias e uma cidade toda para conhecer – no frio! A cada dia, ia pensando em qual poderia ser nossa programação, quais os caminhos, o que conheceríamos. No terceiro dia, ele perguntou: “E o Louvre?”... Bem, o Louvre estava pairando por ali, me aguardando. Mas eu não estava pronta para ele ainda. Antes veio a Torre, veio Notre Dame, Versailles... Enquanto isso, a cada dia, lia um pouco mais sobre o Musée de Louvre, invadia virtualmente seus espaços, imaginando-me lá. Tinha que curtir Paris antes de estar naquele castelo. Precisava dessa entrada para chegar ao meu prato principal. Posterguei, passei ao lado, me demorei nas preliminares para que o prazer fosse maior.


Enfim, no último dos seis poucos – mas divinos – dias, saí do hotel e peguei o metrô sabendo exatamente para onde iria. Era dia de Louvre. Dia de Da Vinci, de Caravaggio, de Delacroix, de esculturas gregas, de antiguidades egípcias, do apartamento de Napoleão, de objetos de arte.

Era o gosto de Paris que ficaria em meu coração. Junto à vontade de mais (o que dizem é verdade: só um dia no Louvre é quase nada).

Tudo em Paris transborda história e arte. Tudo encanta. Tudo convida a voltar. Mas o Louvre é mais. O Louvre é um menu à parte. Era eu dentro do meu sonho. Eu, sabendo que essa seria apenas a minha primeira garfada.